sábado, 5 de setembro de 2009

Porque nem só de confusão se vive num busão



Tatiane Dias

Final de semestre, depois da semana de provas, só vai à escola quem é nerd ou está pendurado por falta. Posso dizer que atualmente me encontro no segundo grupo. Ônibus, praticamente vazio, não fosse por um detalhe, EU estava dentro dele. Uma adorável garota entra nos ônibus, olha pra minha cara, se volta por motorista e diz: “NOSSA, MOTÔ, NÃO VEIO NINGUÉM HOJE!” Havia um quase sorriso em meu rosto, mas que se desfez tão rápido que nem sei ao certo se realmente estava sorrindo ou estava somente pensando que sorria. Pensei: “Deve ser força do hábito, as pessoas falam assim mesmo. Mais ou menos assim quando você vê um copo com água pela metade: o copo está meio cheio ou quase vazio?” Um pouco antes de eu descer, ela repete: “NOSSA, NÃO VEIO NINGUÉM MESMO!”. Nisso nasceu a antipatia. Essa menina me paga.


Esse dia chegou. A adorável menininha dorme pesada e tranquilamente Só nós duas estávamos dentro do ônibus. A maioria já havia descido. Ela desceria depois de mim. O motorista pergunta: VOCÊ É A ÚLTIMA?... [Sim eu sou a última, pode ir embora direto para garagem] até ela perceber, provavelmente já estaria na estrada de volta para Itu. É nessas horas que a consciência pesa e o e o cristianismo predomina. “Não pagueis o mal com mal. Não façais ao outro, aquilo que não queres que faça a ti. Amais os vossos inimigos”. Para a minha e talvez a sua decepção ou alívio, depende da sua posição, não fiz isso. Achei que não valia a pena. Não, respondi, tem uma menina dormindo lá atrás.


Mas não é só de antipatias que se vive num ônibus. Há até quem se casa com pessoas que conheceram dentro do coletivo. Quem nunca ouviu uma conversa alheia e não teve vontade de entrar no meio da conversa? Ouviu alguém discorrer sobre um assunto que você conhece muito bem e não pode dizer o que pensava porque a conversa não era com você? Pois bem. Tem horas que não dá pra agüentar mesmo e acabamos por entrar no papo sem sermos convidados. E é nessas ousadias que nascem as amizades ou não rsrs.


Mais interessante ainda são aquelas pessoas, geralmente jovens (entre 16 a 20 anos) extremamente generosas que alegram nossas manhãs de trabalho com seus celulares comunitários. Tenho a impressão de que as pessoas nascidas nos anos 90 em diante foram feitas em série. Se você pegar um celular, um MP3, MP4 ou MPTudo (nem sei mais em número já chegou) verá que as seleções de músicas são semelhantes, com diferença de uma ou outra música, que se você tiver bluetooh e o cara que toca a música também já pode resolver o problema na hora. Eis aí mais uma oportunidade para fazer amizade ou não também rsrs.


No meu caso, depois de um ano escasso de amizades, conheci as girls do Love’s Bar. Érica vulgo Barata, Adelina, Susana, Vanessa, Carla e depois o boy Daniel. Altas risadas, palhaçadas, conversas toscas partilhadas com o ônibus inteiro. Coitado de quem queria dormir. Rolou até paquera, mas essa parte a gente pula rsrs.


Barata e suas piadas inofensivas, Adelina e seus conhecimentos informáticos, Susana e seus fãs-clube, Vanessa e seus livros, Carlinha e seu sono e Daniel e sua risada inesquecível. Tenho certeza que não sou a única a ter feito amigos no bus. Essa eu deixo aberto pra quem quiser contar as suas próprias “AVENTURAS NO BUSÃO”.



2 comentários:

  1. nossa, nem me fale... saudades eternas do love´s bar....... foi lá que me tornei vulgo barata, rs!!!!

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  2. AEEEEEEEEEEEEE HUSUAHUAHSUAHSUHAUHSA
    Velhos e bons tempos.... que saudades dessa galera.... mas foi muito bom relembrar isso... ri demais.... Adelina e seus conhecimentos informáticos? uia... é eu \o/
    auhauahuahua

    beijosssss

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